POR: Sophia Rodovalho dos Santos Rodrigues - Psicóloga
Filho... já diz o ditado... “não vem com manual de instrução”, é verdade, não vem mesmo. A gente vai fazendo o que acha certo, vai ensinando de acordo com nossos princípios, vai dando o melhor mesmo...
Ocorre que, algumas vezes, apesar do nosso esforço, da nossa dedicação, do nosso amor, as crianças vão apresentando alguns ‘sinais’ de que, com elas, no coraçãozinho delas, as coisas não estão tão certas assim...
Que ‘sinais’ são esses? Na verdade são comportamentos, comportamentos que nos chamam atenção, que nos fazem perguntar a nós mesmos: “Nossa, será que está correto ela agir assim?” ou “Por que ela fez isso?” ou ainda “Que estranho...”.
Que comportamentos são esses?
É normal crianças serem apegadas aos seus pais e irmão, mas quando este apego demonstra ser exacerbado, ou seja, grande demais, pode nos chamar atenção. O que é o apego exagerado? Ocorre, por exemplo, quando a criança não fica longe dos pais ou irmãos, não sai sozinha, não se socializa, chora quando a família se afasta... Estes comportamentos, além de trazerem sofrimento à criança, prejudicam seu desenvolvimento e sua socialização.
Outro comportamento que nos chama atenção é a agressividade. Crianças não são como adultos, isto é, não sabem ainda argumentar para resolver problemas e conflitos, então mordem, empurram e batem, mas isto é justificado quando a criança se sente ameaçada, invadida ou muito contrariada. Mas algumas crianças, por algumas razões, acabam por mostrarem-se agressivas demais, batem com freqüência nos amiguinhos, quando recebem ‘não’ de professores, tios, pais, apresentam ‘ataques de raiva’ e agridem, choram demais, saem do controle. Este comportamento, além de prejudicar a socialização, é extremamente ruim para o desenvolvimento de um adulto, pois, nós, adultos, constantemente precisamos lidar com situações de conflito e não podemos agredir, correto?
Medo... Áh todo mundo sente medo, criança então, nem se fala! Tudo é novo e causa medo, muitas vezes. Mas algumas crianças sentem muito medo, medo de escuro, medo de água, medo de cachorro, medo de outras crianças... Quando o medo atrapalha a criança, ou seja, quando o medo de escuro que a impede de dormir em seu quarto, por exemplo, ele deve ser melhor avaliado, pois já pode ser um sinal de que a criança não está lidando bem com as coisas que lhe são novas, diferentes ou lhe causam ansiedade.
Crianças são seres curiosos por natureza, são ágeis, não param quietos e tiram os pais do sério, muitas vezes... Se eles não têm curiosidade, não demonstram muito interesse pelas ‘novidades’, se são quietas demais, falam pouco, isto deve ser visto pelos pais, como um fator a ser avaliado, uma vez que pode ser também sinal de que a criança está com dificuldades para enfrentar algumas coisas em sua vida. Pode ser sinal de uma depressão, por exemplo.
O contrário também merece avaliação, crianças que não param um minuto, não prestam atenção, ficam presas numa atividade por instantes, apenas, demonstram não aprender algumas coisas, podem apresentar o que chamamos Hiperatividade (TDAH).
E assim por diante... Todos os aspectos citados acima, quando ocorrem pouco e não nos chamam atenção, não refletem problema algum, mas quando começamos a notar com freqüência, quando familiares comentam conosco, enfim, devemos procurar ajuda de um profissional especializado, ou seja, de um Psicólogo, pois só ele é capaz de avaliar a criança, fazer um Psicodiagnóstico.
Se você se encontra nessa situação e não conhece Psicólogo, converse com o Pediatra de seu filho, ele certamente poderá lhe ajudar a encontrar um profissional.
Dúvidas/Sugestões – Escreva para srs_br@yahoo.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário