sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A menina e o pássaro encantado! Vale a pena!

A menina e o pássaro encantado é o livro que me apresentou ao único e especial Rubem Alves...

É um livro infantil, estória para criança... estória que toca os adultos! Que faz chorar, que emociona, que faz pensar.

Se todos pudéssemos ler "A menina e o pássaro encantado", certamente iríamos compreender tanta coisa sobre o amor, sobre a saudade, sobre o medo de perder... Entenderíamos que amamos, que somos amados, apesar da distância e do tempo e que a saudade é ruim, pois machuca, mas é boa, porque torna o reencontro único!

Depois deste livro, comecei a ler a obra do autor a conhecer sua história e pude ficar maravilhada com tanta coisa boa! Tanto livro bom sobre amor, sobre sentimento, sobre educação, política, religião! Incrível um autor tão completo!

Leiam o prefácio do Livro "A menina e o pássaro..." e depois não resistam à tentação e ao desejo: leiam o livro uma, duas, três vezes...ou mais!

"Para o adulto que for ler esta história para uma criança:
Esta é uma história sobre a separação: quando duas pessoas que se amam têm de dizer adeus…
Depois do adeus, fica aquele vazio imenso: a saudade.
Tudo se enche com a presença de uma ausência.
Ah! Como seria bom se não houvesse despedidas…
Alguns chegam a pensar em trancar em gaiolas aqueles a quem amam. Para que sejam deles, para sempre… Para que não haja mais partidas…
Poucos sabem, entretanto, que é a saudade que torna encantadas as pessoas. A saudade faz crescer o desejo. E quando o desejo cresce, preparam-se os abraços.
Esta história, eu não a inventei.
Fiquei triste, vendo a tristeza de uma criança que chorava uma despedida… E a história simplesmente apareceu dentro de mim, quase pronta.
Para quê uma história? Quem não compreende pensa que é para divertir. Mas não é isso.
É que elas têm o poder de transfigurar o quotidiano.
Elas chamam as angústias pelos seus nomes e dizem o medo em canções. Com isto, angústias e medos ficam mais mansos.
Claro que são para crianças.
Especialmente aquelas que moram dentro de nós, e têm medo da solidão…" Rubem Alves



E falando na fase mãe, aliás acredito que toda mulher quando se torna mãe, permanece nesta fase por toda a vida!
Ô fase boa, cheia de sorrisos, cheia de beijinhos, cheia de "mamãe pra cá e mamãe pra lá!"... é lógico que existem os tombos, os arranhões, as dores de garganta, os medos... mas tudo isso é amplamente compensado por um "mamãe eu te amo." ou "mamãe, posso dormir com você?"! Impagável!
Esses dias atrás estava eu lendo algumas coisas quando achei o 'poema' abaixo...de uma mãe, como eu, apaixonada por seus filhos!
Compartilho com todos vocês que são ou que certamente serão apaixonados por seus filhos...

"Antes de ser mãe, eu fazia e comia
os alimentos ainda quentes.
Eu não tinha roupas manchadas, tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe, eu dormia o quanto eu queria,
Nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes

Antes de ser mãe, eu limpava minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos e nem pensava em canções de ninar.
Antes de ser mãe, eu não me preocupava:
Se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas então, eram coisas em que eu não pensava.

Antes de ser mãe, ninguém vomitou e nem fez xixi em mim,
Nem me beliscou sem nenhum cuidado, com dedinhos de unhas finas.

Antes de ser mãe, eu tinha controle sobre a minha mente,
Meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos, e dormia a noite toda.

Antes de ser mãe, eu nunca tive que segurar uma criança chorando,
para que médicos pudessem fazer testes ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos olhos que choravam.

Nunca fiquei gloriosamente feliz com uma simples risadinha.
Nem fiquei sentada horas e horas olhando um bebê dormindo.

Antes de ser mãe, eu nunca segurei uma criança, só por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar, quando não pude estancar uma dor.
Nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina, pudesse mudar tanto a minha vida e
que pudesse amar alguém tanto assim. E não sabia que eu adoraria ser mãe.

Antes de ser mãe, eu não conhecia a sensação, de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Não conhecia a felicidade de alimentar um bebê faminto.
Não conhecia esse laço que existe entre a mãe e a sua criança.
E não imaginava que algo tão pequenino, pudesse fazer-me sentir tão importante.

Antes de ser mãe, eu nunca me levantei à noite toda , cada 10 minutos, para me
certificar de que tudo estava bem. Nunca pude imaginar o calor, a alegria, o amor,
a dor e a satisfação de ser uma mãe. Eu não sabia que era capaz de ter
sentimentos tão fortes.

Por tudo e, apesar de tudo, obrigada Deus, Por eu ser agora um alguém tão frágil
e tão forte ao mesmo tempo. Obrigada meu Deus, por permitir-me ser Mãe!"
Silvia Schimidt